SEQUÊNCIA
DIDÁTICA
“Sexualidade, Gravidez e
DST na adolescência”
Escola Estadual Dr. Meira Junior
Coordenadora: Fabiana M. Versuti Stoque
Supervisora: Roselei Sueli M. Pereira
Bolsistas: Aline da Silva
Canhadas
Regiane
Cosmo Monteverde
André
Renato Bezerra Ferreira
Ribeirão Preto
2017
Sumário
Público Alvo.............................................................................................................................................. 3
Caracterização
dos alunos e da comunidade escolar................................................................ 3
Caracterização
da Escola...................................................................................................... 3
Problematização......................................................................................................................... 4
Objetivo
................................................................................................................................... 4
Aulas 1 e 2................................................................................................................................... 5
Objetivos
Específicos............................................................................................................... 5
Conteúdo...................................................................................................................................... 5
Aulas 3 e 4...................................................................................................................................6
Objetivos
Específicos............................................................................................................... 6
Conteúdo................................................................................................................................... 5
Oficina: “Trabalhando com rótulos
e solidariedade”..............................................................7
e 8
Conclusões..................................................................................................................................
8
Finalização da
Oficina...................................................................... .................................8
e 9
Aulas 5 e 6................................................................................................................................... 9
Objetivos
Específicos............................................................................................................... 9
Conteúdo................................................................................................................................. 9 Dinâmica: “O que são práticas sexuais mais seguras?”............................................................9
Produto Final.............................................................................................................................................10
PÚBLICO ALVO:
A SD será
desenvolvida em uma sala de 8º ano objetivando torná-los multiplicadores do
projeto para o ano de 2018, no qual serão inseridos outros temas tais como diversidade
sexual, adolescência, juventude e participação.
A sequência didática, “Sexualidade
e DST na adolescência”, será aplicada nos alunos do 8º ano do ensino
fundamental, período da manhã, com cerca 28 alunos.
CARACTERIZAÇÃO DOS ALUNOS E DA COMUNIDADE
- Faixa etária de 6 a 16 anos.
- Quantidade de alunos matriculados 650.
- Renda salarial dos pais, com variação de
- Muitas mães trabalham fora, devido ao
baixo poder aquisitivo, resultando com isso num baixo ou zero
acompanhamento das atividades dos filhos em suas respectivas casas,
deixando assim a desejar.
- Um número bem grande dos alunos frequenta
a creche modelo.
- Vários alunos são provenientes da
Comunidade das Mangueiras, que se localiza próxima à
escola.
- A defasagem idade/série, ainda é presente,
principalmente no Ensino Fundamental Anos Finais.
CARACTERIZAÇÃO DA
ESCOLA
A Escola Estadual Doutor Meira Júnior, homenageia o Dr. João Alves
Meira Júnior, a razão da homenagem foi o fato dele haver sido um jurista famoso
e personagem importante na vida da cidade, a instituição existe desde 1938, era
o antigo Grupo Escolar III.
A
unidade escolar, está situada na rua Júlio de Mesquita, 282, na Vila Virgínia
em Ribeirão Preto, a escola tem, atualmente, cerca de 650 alunos, 60
professores, 2 coordenadoras pedagógicas, 1 vice-diretora e 1 diretora,
funciona no período vespertino das 07h00 às 12h20 e das 13h00 às 18h20.
Atuando
no ensino fundamental do 1º ano ao 9º ano, as instalações da unidade são
antigas, porém, bem conservadas, conta com uma boa estrutura para alunos e
professores, são 21 salas de aula, 01 Laboratório de informática muito bem
equipado, 01 Sala de leitura e 01 Sala de vídeo, tudo em perfeito funcionamento,
possui ainda 02 quadras esportivas, sendo uma delas coberta.
Os
alunos frequentadores da unidade, são em sua grande maioria, oriundos do
entorno da escola, onde há a comunidade carente das Mangueiras, a mais antiga
de Ribeirão Preto, além de muitos alunos de outros bairros próximos da Vila
Virgínia.
PROBLEMATIZAÇÃO:
Para dar início a conversa, apresenta-se
o poema abaixo:
As DSTs e gravidez não planejada são muito
comuns e parecem acontecer apenas com os outros. Infelizmente quando não há
cuidados e prevenção, podem sim ocorrer com qualquer pessoa, até mesmo, com
você!
Então fica a pergunta: “Vulnerável, eu?”
OBJETIVO:
A
seguinte sequencia didática tem como objetivo trazer as temáticas de prevenção
às DSTs e gravidez não planejada.
O
conteúdo será trabalhado com recursos como: poemas sobre as DSTs, dinâmicas,
jogos colaborativos, imagens para
ilustrar algumas situações preventivas com o sexo, por exemplo, de maneira
interativa com todos os adolescentes e com auxílio do professor. Estes
materiais tem o papel de ampliar os conhecimentos dos alunos, fazendo-os
refletir sobre a sexualidade de maneira mais saudável, lembrando que qualquer
pessoa é vulnerável a este tipo de situação, e todos os cuidados são sempre bem
vindos.
Serão
abordados com os alunos as formas de se prevenir em suas relações sexuais e as
possíveis consequências com descuidos neste sentido, com levantamento de
hipóteses, argumentos e discussão de soluções. Juntamente com este assunto,
serão trabalhadas em sala de aula através das atividades citadas acima as habilidades
sociais dos adolescentes e o quanto elas
são importantes não apenas com relação ao tema apresentado, mas também para seu aprendizado em ambiente
escolar.
AULA 1 e 2 – aula dupla (Sala
de Aula)
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Nestas
aulas, a intenção, será identificar os conhecimentos prévios dos alunos, bem
como dúvidas e curiosidades sobre o tema da Sequência Didática, Sexualidade, gravidez e DST na adolescência.
Apresentar
o PPT com conceitos básicos sobre Sexualidade, DSTs e gravidez na adolescência,
enfocando a Aids e a gravidez na adolescência.
Ao
final destas aulas, os alunos deverão ter expressado seus conhecimentos a
respeito do tema da Sequência Didática.
CONTEÚDOS:
A
discussão sobre DSTs levará os alunos a expressarem seus conceitos, dúvidas e
curiosidades sobre a prevenção das DSTs e gravidez, e como estas podem afetar a
vida de cada um, com a seguinte questão para reflexão “Vulnerável, eu?”.
A
partir desta interação ouvir com atenção os conhecimentos que os adolescentes
trazem e como tratam e abordam situações que envolvem estas problemáticas e o
que fazem para evita-las, trabalhando também questões de habilidades sociais
como a empatia, por exemplo.
AULAS 3 e 4 - aula dupla (Sala de Aula),
onde os alunos serão divididos em grupos de 3 ou 4 alunos e deverão ser
orientados sobre a importância do
trabalho em equipe.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Nas
presentes aulas, será realizada com os alunos, uma dinâmica “Trabalhando com rótulos e solidariedade”
Objetivos
|
Materiais Necessários
|
Questões a serem respondidas
|
Discutir sobre
preconceito, discriminação e solidariedade
|
- Tarjetas de
cartolina com os rótulos
- Caneta hidrocor
- Grampeador ou fita
adesiva
- Texto de Herbert de
Souza para todos (as)
|
- Que adolescentes e
jovens costumam ser tratados (as) com discriminação?
- Do que, geralmente,
são chamados os adolescentes e jovens quando são discriminados?
- Se um (a)
adolescente ou jovem vivendo com HIV/aids revelasse seu diagnóstico na sua
escola, o que aconteceria?
- O que poderíamos
fazer para diminuir o preconceito e a discriminação (na nossa escola, no
nosso bairro, no grupo de amigos (as) etc.) em relação aos (às) que são
excluídos seja lá por que motivo for?
|
Integração
·
Distribua o texto de Herbert de Souza e peça
que alguém o leia em voz alta.
O que
significa querer construir uma sociedade
Com
base na solidariedade, no amor?
Significa
repensar o fundamento da nossa cultura,
o fundamento da nossa prática.
Significa
propor o reencontro de mim comigo mesmo
e de
mim com toda a humanidade.
(Herbert
de Souza – Betinho)
-Pergunte aos (às) participantes o que entendem
por solidariedade e se têm alguma história sobre esse tema para contar.
-Encerre a integração contando, para quem não
souber, que Herbert de Souza, o Betinho, foi um personagem muito importante na
história brasileira pela sua determinação, pelo trabalho incansável pela
cidadania, pela restauração da verdadeira democracia participativa, pela
valorização da solidariedade e dos direitos humanos em uma sociedade injusta.
Foi, também, um grande batalhador pela garantia dos direitos das pessoas
vivendo com HIV/aids, indo muito além do plano pessoal, já que era um portador
de HIV, mas contextualizando a epidemia em um nível mais amplo e elevado – o da
defesa da dignidade humana.
Atividade
-Prepare
antecipadamente as tiras, escrevendo em cada uma delas uma das frases do quadro
abaixo.
VIVO COM HIV, DESCONFIE
VIVO COM HIV, AJUDE-ME
VIVO COM HIV, REJEITE-ME
VIVO COM HIV, IGNORE-ME
VIVO COM HIV, TENHA PENA DE MIM
VIVO COM HIV, ME TRATE COMO TAL
SOU USUÁRIO (A) DE DROGAS INJETÁVEIS
SOU USUARIO (A) DE DROGAS NÃO INJETÁVEIS
SOU USUÁRIO (A) DE ÁLCOOL
SOU O (A) MAIS INTELIGENTE DA ESCOLA
- Solicite que 11
pessoas do grupo sejam voluntários e, uma vez tendo esse número, saia com eles
(as) da sala.
- Explique para o
grupo de voluntários que colocarão na cabeça uma tarjeta onde estará escrito
uma frase. Cada um poderá ler a frase do companheiro, mas não a sua própria.
- Volte com eles
para o círculo inicial e peça para que os (as) outros (as) membros do grupo
reajam de acordo com o que os (as) voluntários (as) têm escrito nas tarjetas.
Desse modo, a pessoa, por exemplo, que estiver com o rótulo “Ignore-me” deve
ser ignorada pelos demais.
- Depois de uns 10
minutos, todos (as) voltam às suas cadeiras.
- Pergunte aos
(às) se eles (as) descobriram o que estava escrito em sua tarjeta e como se
sentiram sendo tratados a partir do rótulo que traziam.
- Em seguida,
pergunte aos demais componentes do grupo como se sentiram tratando os (as)
voluntários (as) de acordo com o que a tarjeta trazia.
- Faça uma rápida
reflexão com o grupo sobre os sentimentos despertados durante a atividade. E se
foi fácil ou difícil realiza-la.
- Faça um
levantamento com todo o grupo de situações em que adolescentes e jovens são
excluídos (as) e/ou rotulados (as).
- Aprofunde a
discussão a partir das questões a serem respondidas.
Conclusões
- O estigma e discriminação são as maiores
barreiras à prevenção de novas infecções e ao apoio adequado às pessoas que
vivem HIV e aids.
- Esses estigmas e
discriminação ocorrem por diversas causas, que vão desde a falta de
conhecimentos sobre a doença, mitos sobre modos de transmissão do HIV,
preconceitos, cobertura irresponsável sobre a epidemia na mídia e, até, pelo
medo que as pessoas têm das doenças e da morte.
- Adolescentes e
jovens que vivem com HIV e aids são iguais a qualquer outro (a) adolescente ou
jovem soronegativo para o HIV. Tem os mesmos desejos, expectativas e o direito
a uma vida digna e livre de preconceitos e discriminação.
- O respeito e a
solidariedade para com as pessoas que vivem com o HIV e aids são elementos
fundamentais para o seu desenvolvimento como seres humanos, com direitos como
qualquer outra pessoa.
- É preciso
lembrar que os direitos humanos são universais (para todos e todas)
interdependentes (um se efetiva quando da efetivação do outro) e indivisíveis.
Finalização da oficina
- Peça que todos
os participantes fiquem em pé e que tirem os sapatos.
- Cada um (a) deve
pegar seu sapato direito e colocá-lo em fila no meio da sala, formando uma
ponte. Essa será a ponte que fica entre dois abismos.
- Divida o grupo
em duas filas e peça que cada fila fique em uma das extremidades da ponte.
- Explique que as
duas filas deverão passar ao mesmo tempo pela ponte (em cima dos sapatos),
cuidando para que ninguém caia. Para que isso aconteça será preciso que as
pessoas fiquem de mãos dadas e que uma fila ajude a outra.
- Encerre
perguntando como foi a experiência e o que essa atividade trouxe de novo para a
sua vida.
AULAS 5 e 6 - aula dupla (Sala de Aula)
Objetivos específicos:
- Identificar
formas de práticas sexuais de baixo risco;
- Fornecer
elementos para a reflexão da diversidade de práticas sexuais;
- Estimular o
respeito às diferenças;
Conteúdo:
Será aplicada a
dinâmica “O que são práticas seguras?”
e ao final da mesma será feito um fechamento do conteúdo abordado nas aulas,
deixando a seguinte reflexão para os jovens: “Não transmita doenças, transmita
o saber sobre elas”.
Dinâmica 2- O que são práticas sexuais mais seguras?
Tamanho do grupo: todos os alunos
Tempo: 10 minutos
Dinâmica:
- Identificar e
escrever na folha de papel as práticas sexuais de baixo risco.
- Afixar em um
quadro (Cabe à coordenadora, caso o grupo não se manifeste, lembrar que as
práticas sexuais não se resumem à penetração).
- É importante que
a coordenadora procure não valorizar algumas práticas em detrimento de outras,
discutindo com o grupo sempre que surgirem julgamentos do que é certo ou errado, bom ou ruim etc.
Produto Final
Produzir panfletos
para serem distribuídos à comunidade no “Dia Mundial da luta contra a AIDS’ –
01 de Dezembro
FRENTE
VERSO
Referências
AYRES, J. R. O Jovem Que Buscamos e o Encontro Que Queremos Ser: A
Vulnerabilidade Como Eixo de Avaliação de Ações Preventivas do Abuso de
Drogas, DST e AIDS Entre Crianças e Adolescentes. Série Idéias, n. 29, ps. 15-
23. São Paulo: FDE, 1996. Disponível em: http://www.crmariocovas.sp.gov.br.
Acessado em 13/05/2006.
BRASIL, Ministério da Cultura. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos: Introdução aos Temas Transversais. Brasília: MEC/SEF, 1998.